segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CARNAVAL 2011


"ÁUREA FOLIA"


Brota da terra, o mais valioso desejo da ambição humana. O céu desce ao chão com suas estrelas reluzentes a cravejar o manto terrestre. É brilho, é luz, é ouro! Abençoado, foi presente ao Divino Salvador. É matéria de rara beleza, ditando também de quem é a riqueza. O seu áureo fascínio percorreu o tempo e encantou civilizações. Enfeitando palácios, festas, presentes e até túmulos. Caminhos de ouro a guiar os espíritos à eternidade...

Caminhos de ouro a guiar o povo em histórias seculares, mitos, mitologias, deuses. As bênçãos da Mãe Oxum, a deusa do ouro, purificam a alma. Os nobres "toques" do rei Midas permeiam o imaginário popular. Olhe para o céu, veja o arco-íris a cruzar o horizonte. E percorrendo o caminho colorido, um grande pote de ouro a encontrar.

O ouro, da imaginação à realidade, atravessou o tempo. Virou cobiça. Era a ordem no mercado. Reis, rainhas, imperadores e até a Igreja. Todos tinham e queriam mais ouro, que passou a ser usado como dinheiro. Do Velho ao Novo Mundo foi preciso navegar. E os europeus sentiram-se atraídos pelo mito do Eldorado fascinante em terras tupiniquins.

Brilha a estrela de Minas. "Gerais" explorada pelo bandeirante invasor. Era o início do ciclo do ouro. Do solo brasileiro fora extraída a riqueza para fornecer à metrópole Portugal. Mais tarde, para pagar dívidas à poderosa Inglaterra.

E percorrendo a história o ouro conseguiu manter o seu valor. Hoje é comercializado na Bolsa, no mercado de cotações. Embeleza jóias, aguçando a vaidade das pessoas. E mesmo depois de tanto tempo ainda é motivo de disputa. Mas agora nas pistas, nas quadras... É a maior condecoração de um atleta vencedor. Ganhar a medalha de ouro em uma competição é o auge da consagração esportiva.

E buscando o auge vem a pantera engalanada. Na festa do carnaval, veste-se de ouro para brindar na avenida um novo tempo. Uma nova era de paz, sucesso e conquistas. Brilhante, iluminada, feliz, com um desejo permanente para realizar: buscar a mais bela estrela dourada da folia para completar a sua história. Um salto dourado do Rio Grande para o mundo, no "maior espetáculo da tela".

Édson Dutra, autor do enredo.

Mocidade no Acesso em 2011

A Mocidade Leopoldense conquistou o direito de desfilar no Grupo de Acesso da LIESV em 2011! É a volta da pantera guerreira! Vamos à luta rumo ao Especial!

Parabéns tricolor do sul!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mocidade fica em 3º lugar

Um desfile elogiadíssimo pela crítica e pelos espectadores do carnaval vritual. A CAESv 2010 viu ressurgir a força da Pantera guerreira na avenida.

A Mocidade Leopoldense mostrou toda sua garra e sua força num desfile que marcou o seu retorno ao carnaval virtual, após o afastamento em 2009. Com o enredo falando sobre os "Luíses" da França (XIV, XV e XVI) a Mocidade atingiu 47,8 e ficou com o 3º lugar no Grupo de Avaliação, a uma posição de retornar à LIESV.

A campeã foi a Escola Virtual da Amazônia (E.V.A), com 48,8 e a segunda colocada foi a Barra Funda Estação Primeira, com 48,1. Ambas ingressam na LIESV para o carnaval 2011.

A Mocidade está feliz, independente do resultado. Um desfile grandioso, sem dúvidas, para marcar de vez o nosso retorno à avenida, mas acima de tudo, para abrilhantar e engrandecer o carnaval virtual. Em 2011, com certeza, estaremos de volta. E a pantera promete rugir forte na avenida virtual...

"Merci beaucup a quem sentiu saudade... O samba Leopoldense novamente está no ar!"

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ordem dos desfiles CAESV 2010

Segue abaixo a ordem dos desfiles da CAESV 2010, que ocorrerão nos dias 11/06 e 12/06, a partir das 21h. Os desfiles poderão ser assistidos no site da LIESV (www.liesv.com.br).

SEXTA-FEIRA - 11/06

1ª) Sabugo
2ª) Aliança Suburbana
3ª) Unidos de Vila Madalena
4ª) Lagoa Azul
5ª) Bohemios Samba Club
6ª) Estrela-guia
7ª) MOCIDADE LEOPOLDENSE
8ª) Rosa Negra
9ª) Cidade Columbia

SÁBADO - 12/06

1ª) Dragões Lendários
2ª) Flor de Lótus
3ª) Barra Funda Estação Primeira
4ª) Caprichoso Negro
5ª) Mocidade Imperiana
6ª) Escola Virtual da Amazônia
7ª) Leões da Folia
8ª) Guerreiros do Leão
9ª) Tradição de Tanguá
10ª) Floripa do Samba

quinta-feira, 11 de março de 2010

SAMBA 2010

Eis à toda comunidade carnavalesca virtual, o samba de 2010 da Mocidade Leopoldense.

"No Retorno da Pantera, o Encanto da Realeza: A Mocidade Apresenta o Esplendor da Corte Francesa"

Compositores: Léo Moreira, Leandro Kfé e Júnior Santana
Intérprete: Tom Astral

NÃO ME LEVE A MAL
MAS A PANTERA FEZ FALTA NO CARNAVAL
COM A CORTE FRANCESA ELA VOLTOU
A MOCIDADE É MEU AMOR

Merci beaucoup” a quem sentiu saudade
O samba Leopoldense novamente está no ar
De braças dados com a França
História de reinados vou contar
Sob o brilho do sol
O Estado reinou
Na cabeça a moda se espalhou
Entre danças, festas e bailes
Feito um fim de tarde
Chega a hora do sol se por
Findando uma era de esplendor

NA CORTE UM NOVO MOMENTO
MAS ONDE O PRESTÍGIO FICOU?
SERÁ QUE SE PERDEU NO TEMPO
DANDO ESPAÇO A UM MUNDO DE AMOR

Em decadência um novo reinado
Ganhou uma rainha
Maria da Áustria virou "francesinha"
Difícil, sustentar esse estado
Controlar o povo revoltado
Será que existia solução
Para evitar a tal Revolução
Caiu a Bastilha... Deu o sinal
Direitos humanos! É universal
Chegaram os republicanos
O reino de mentiras acabou
Igualdade e Fraternidade
Viva a Liberdade que esse povo conquistou

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

No Retorno da Pantera, o Encanto da Realeza: A Mocidade Apresenta o Esplendor da Corte Francesa

“Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade”1...

O Palácio de Versalhes se enfeita de verde, preto e prata, para a recepção à Pantera que hoje é a grande monarca. Nesta noite de gala passando por estes três reinados, que marcaram a história. Três reis, que mesmo tendo um império a dissolver-se pela democracia, não deixaram de brilhar e ostentar todo o esplendor da gloriosa França.

“Soit Bien Venue Chéri”

1º Setor – O Estado Sou Eu

E o povo francês viu surgir aquele que seria um de seus reis mais expressivos. A dinastia dos Bourbon caminhava para o seu auge na figura de Luís XIV.

Construiu o Palácio de Versalhes como sendo a sede da Corte Real na França. Aliado ao luxo que a corte ostentava, elege como seu emblema, o Sol, que simboliza a força, ordem, a regularidade, o poder. E com o lema ."L'État c'est moi" (O Estado sou eu), Luis XIV reinou como queria sobre a corte francesa. Reinou como um sol.

Popularizou o uso de perucas por todo reino. Ao contrário do que muitos pensavam, isso era muito mais do que simples sinal de vaidade ou capricho. O rei estava ficando careca e precisava esconder a calvície, para manter sua imagem impecável diante de seus súditos. E em pouco tempo, todos da corte ostentavam perucas, à moda do rei...

Entre suas paixões, a dança era uma das favoritas. Bailados elegantes, animavam as festas na Corte. O rei também adorava os espetáculos de balé e a prática do jeu de paume, esporte antecessor do tênis.

Todo o esplendor do Rei Sol encerrou-se em 1715, com a sua morte. Seria então levado ao trono o sucessor, seu bisneto Luis XV.

2º Setor – O Bem Amado

Com apenas cinco anos, Luís XV viu o trono da corte vazio com a morte de seu bisavô. Quando atingiu a maioridade e assumiu o trono do reino, destituiu o primeiro-ministro da corte, governando assim absolutamente a Corte Francesa, porém, demonstrou ser um rei ineficiente, segundo os franceses. A monarquia, em seu período, perdeu o prestígio, tanto externamente quanto internamente. Suas políticas não eram satisfatórias. Favorecia uma minoria e isso refletia negativamente no seu reinado. Perseguiu os protestantes na Reforma e pouco supriu as necessidades dos produtores agrícolas.

Durante o seu período no governo francês, dirigiu o Estado em grandes guerras territoriais, que ao longo do tempo, tomaram grande parte das finanças da corte. Reforçou o Parlamento, mas como esse o fizera oposição, dissolveu-o.

Se no campo financeiro as ações do rei não estavam das mais favoráveis, no campo amoroso, inúmeras amantes cercavam a realeza, influenciando em suas ações, como de Pompadour, que o influenciou na área da política externa (mesmo assim, a rivalidade com os Habsburgos, da Áutria, se manteve) e du Barry, com quem o rei exibiu toda exuberância da corte, com altos gastos e caprichos luxuosos.

Entre os destaques do seu reinado, Luís XV procurou valorizar o campo das artes. E a França explodiu em cores, com a valorização de artistas e pintores. Em outros setores artísticos também houve destaque. A área intelectual também apresentou destaque na política do rei.

O reino, após uma pequena recuperação, já nos últimos anos de reinado, viu o crescimento da aristocracia da burguesia, mesmo o país estando em decadência. O insucesso do rei à frente das finanças fez com que ele reservasse para seu neto e sucessor ao trono, Luís XVI, um reino em forte declínio, fazendo cumprir a sua célebre frase, que muitos consideram como uma profecia: "depois de mim, o dilúvio".

3º Setor – O Último Monarca

Luis XVI encerrou a era monárquica da França e a dinastia dos Bourbon. Recebeu o trono francês afundado, em plena decadência, mantendo-se assim até o início da Revolução Francesa. Casou-se aos dezesseis anos com Maria Antonieta da Áustria, uma das mais famosas rainha da corte francesa.

Suas reformas políticas não conseguiram sustentar o Estado. Suas políticas econômicas e sociais foram fracassadas e a monarquia francesa entrava em declínio, vendo o Estado em seu interior, o aflorar de uma grande revolta social.

A corte exibindo seu luxo e seus caprichosos contrastava com o restante da população, que reivindicava melhores condições de vida e também almejavam o poder, o que era o caso da burguesia, que era a maioria da população.

O rei convocou os Estados Gerais, que se reuniram em Versalhes em 1789, pela primeira vez, para decidirem sobre as ações políticas na França. A reunião das três ordens da sociedade: o clero (1º estado), a nobreza (2º estado) e a burguesia e os camponeses (3° estado). O rei dissolveu a reunião, temeroso de uma revolta por parte do terceiro estado, sendo esse fato um dos acontecimentos que marcaram o início da Revolução.

Não inevitável a contenção da Revolução Francesa. E a corte viu ruir toda sua opulenta riqueza. A França acompanhou a Queda da Bastilha e um dos fatos marcantes foi a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual o rei se recusou a aprovar, gerando uma revolta gigantesca na população.

O Palácio de Versalhes foi invadido e o rei e sua corte foram forçados a ir para Paris. Em meio a reformas, propostas pelos revolucionários, Luís XVI, em contato com outros soberanos absolutos, julgou o momento oportuno para escapar e iniciar a contra-revolução. Fugiu, mas foi pego e posto sob vigilância no Palácio das Tulherias.

Uma violenta guerrilha tomou conta da França, que fora invadida por exércitos de outros países, apoiados secretamente por Luís XVI. Em 1792, a França proclama a República e o rei, acusado de traição, aguarda julgamento.

Em 21 de janeiro de 1793, o rei Luis XVI foi guilhotinado em praça pública. A rainha Maria Antonieta foi executada meses depois, o que gerou grande repercussão entre diversos soberanos europeus que em parte ficaram contra a França revolucionária, apesar do desprezo que muitos membros da nobreza e clero tinham de Maria Antonieta, pertencente dos Habsburgos, os grandes rivais Bourbon e pela sua vaidade e gosto pelo luxo.

Ali terminava a era da monarquia francesa e uma das dinastias mais famosas do mundo. A França recomeçava uma nova era, agora com a República, repercutindo por toda Europa e também por outros continentes, espalhando os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade para o homem e seu povo.

E na passarela virtual, a pantera majestosa, encanta mais uma vez. É o retorno para os braços do povo, que ao longo de 6 anos, aplaudem a gauchinha virtual. Brilha Mocidade! Traz para a avenida o encanto da França monárquica, a história fascinante do luxo à conquista do povo... Só vê a luz quem abre os olhos e só progride quem quer.

“Três Bien Mon Amour”... “Voltei agora pra ficar, porque aqui é meu lugar”.2...

Eduardo Yohaness
Carnavalesco

Citações musicais:

1. De Volta pro Aconchego (Dominguinhos / Nando Cordel)
2. O Portão (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)